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Peça do mês - fevereiro 2016 - Caneta de Aparo

Cultura
01 Fevereiro 2016

Desde as suas origens que o Homem procurou formas de comunicar, nomeadamente através de gravuras ou de pinturas rupestres, pelas quais pretendia transmitir uma mensagem, uma ideia, um desejo ou uma necessidade.

A descoberta da escrita revelou-se um enorme avanço na civilização humana, no entanto esteve sempre dependente de um instrumento para a realizar.

Durante a maior parte da Idade Média, os instrumentos mais utilizados para escrever foram simples penas de aves talhadas, normalmente de ganso. Como se tratava de um material orgânico, acabava por se deteriorar rapidamente, pelo que se tornou necessário encontrar alternativas mais duradouras.

Em meados do século XV surgem referências a tentativas de se criarem «penas de metal» mas, até finais do século XVIII, não foi possível a sua propagação devido ao peso e à dificuldade de fabrico em quantidades razoáveis. Apenas em meados do século XIX, com a invenção do aço, foi possível criar os aparos metálicos.

Quem frequentou a escola primária no período anterior à década de 70 do século XX, terá neste objeto uma imagem saudosa da sua utilização e deverá igualmente lembrar-se de uma recomendação que o professor fazia ao aluno quando ia utilizar um aparo novo: deveria molhá-lo com saliva antes de o mergulhar no tinteiro, pois desta forma removeria a eventual gordura que impediria a tinta de se agarrar ao mesmo. Do constante mergulhar da caneta de aparo no tinteiro resultava muitas vezes os dedos ou a bata manchados.

Com o intuito de dar a conhecer este objeto e de divulgar a importância dos instrumentos e suportes na evolução da escrita, o Museu Municipal selecionou como peça do mês uma caneta de aparo, que em fevereiro nos remete ao romantismo das cartas de amor de S. Valentim.

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