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“Cantar Dornelas”: as canções tradicionais como celebração da identidade, das raízes e da memória coletiva

Geral
23 Setembro 2024

As artistas Vânia Couto e Matilde, acompanhadas por cinco “filhos/as” de Dornelas do Zêzere, homenagearam a cultura, as vivências e a história da localidade, com o cancioneiro tradicional na voz e no coração.

A apresentação “Cantar Dornelas” decorreu este sábado, dia 21 de setembro, no Parque Fluvial de Dornelas do Zêzere, e foi o culminar de uma residência artística que se prolongou durante cerca de uma semana, na qual Vânia Branco conheceu “a terra, mas sobretudo as pessoas que cá vivem e as canções que tinham para cantar”, explicou a cantora.

Depois de andar porta em porta, a bater às janelas e a questionar “olhe sabe alguma cantiga?” ou “conhece alguém que canta?”, sucederam-se as conversas e a partilha. “Conheci muita coisa sobre as pessoas. É como se abríssemos um livrinho cheio de fotografias e histórias antigas, mas que estão em janelas”, contou Vânia Branco.

Janelas que se voltaram a abrir na apresentação “pura e genuína” ao público, que foi um “reviver de memórias que estão instaladas dentro de todos. Faz parte da memória coletiva aquilo que aqui se passou”, descreveu o vereador da Câmara Municipal, Rui Simão.

O “poder” unificador das canções populares e o seu lado “histórico-geográfico” e “histórico-cultural”, deu o mote para uma tarde memorável, sendo que, para Vânia Branco, houve um momento de particular emoção: “Todos cantaram juntamente com a tia Silvina, uma senhora com 93 anos com uma dureza de vida enorme, que mostra a força das mulheres e como a memória ainda está nas cantigas que ela canta. A sua voz já cansada conta toda a história que ela tem lá dentro e que as pessoas também sentem”.

Para a cantora, a música tradicional é também um “espólio daquilo que foi o passado” e o facto de o público ter cantado muitos temas em uníssono significa que “a memória e o património não está perdido. Há muitas pessoas que o sabem”, concluiu.

“Cantar Dornelas”, resultou de uma parceria entre o Município de Pampilhosa da Serra e a Associação Cultural Jazz ao Centro Clube (JACC), com a intenção de dar continuidade, no domínio sócio-cultural, aos princípios estabelecidos pela Rede das Aldeias para o Futuro - Aldeias Bauhaus EUROACE, promovendo um movimento interdisciplinar que combina tradição e inovação, sustentabilidade e envolvimento da comunidade.

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