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Assinatura do auto de consignação de intervenção no Rio Ceira

Geral
09 Março 2022

A Comunidade Intermunicipal (CIM) da Região de Coimbra assinou, hoje, no Centro Cultural de Fajão, o auto de consignação de uma intervenção de cerca de 418 mil euros para reabilitar os ecossistemas ribeirinhos do Ceira.

A referida intervenção vai estender-se ao longo de cerca de 35 quilómetros, abrangendo os Município de Arganil, Góis, Lousã e Pampilhosa da Serra, com o intuito de criar condições de melhoria da funcionalidade ecológica, hidrogeomorfologia e de qualidade ambiental, que levam a um aumento da capacidade adaptativa integrada deste território, relativamente às condicionante associadas às alterações climáticas (secas e inundações).

Na sessão, Jorge Custódio, Presidente da Câmara Municipal de Pampilhosa da Serra, salientou o “novo foco” que o projeto veio dar a um Rio de “extrema importância”, tanto ao nível do ecoturismo, como “pela sua influência junto do Rio Mondego”, dado que pode ter “uma contribuição de cerca de 50%” para o seu caudal. “Queremos devolver o rio a todos os que nos queiram visitar”, expressou.

Luís Paulo Costa, Vice-Presidente da CIM Região de Coimbra, recordou que este auto de consignação está inserido no âmbito de um projeto com apoio europeu, que prevê outro tipo de investimentos, como a contratação de guarda-rios (pessoas que fazem a vigilância e monitorização do rio) e a reabilitação de estruturas como antigos açudes e moinhos ao longo daquele que é “o único rio na região Centro que se mantém relativamente selvagem”. O Autarca recordou ainda o contributo do saudoso Dr. João Ataíde, dado que, “no curto tempo em que desempenhou o cargo de Secretário de Estado do Ambiente”, entendeu que “haviam componentes deste projeto que eram similares”, pelo que conseguiu “tratá-lo de uma forma agregada através da Comunidade Intermunicipal”.

No encerramento da sessão, Alexandra Carvalho, Secretária Geral do Ambiente, considerou que este projeto “vai ser um exemplo a nível europeu e a nível internacional pela sua base natural”, sendo um modelo que “não é replicado pelo resto do Mundo”.
Recorde-se que esta reabilitação faz parte do projeto “Gestão da Bacia do Rio Ceira face às Alterações Climáticas”, promovido pela APA, através da Administração da Região Hidrográfica do Centro, e tem como parceiros os quatro Municípios envolvidos, a Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto e a Direção Norueguesa de Proteção Civil, sendo financiado pelo Programa EEA Grants (Mecanismo Financeiro do Espaço Económico Europeu).

O projeto “Gestão da Bacia do Rio Ceira face às Alterações Climáticas”, contribuirá assim para o ordenamento e proteção dos recursos naturais e patrimoniais, numa lógica da sua salvaguarda, nomeadamente de proteção contra os incêndios, da erosão das encostas e cheias. Estão ainda previstas medidas de melhoria das condições de suporte ao desenvolvimento do potencial endógeno, como a montagem de um sistema mais eficiente de cadastro, informação e monitorização dos recursos e ações de promoção turística.

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