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Peça do mês de julho, 2017 - Máquina de Sulfatar

Cultura
06 Julho 2017
No século XIX, a agricultura em Portugal estava pouco desenvolvida. Os governos liberais apostaram na modernização do sector tomando algumas medidas revolucionárias, nomeadamente a seleção de sementes, o uso de adubos e pesticidas, a técnica de alternância de culturas e a introdução de máquinas agrícolas – charruas, ceifeiras, debulhadoras, entre outras. A mecanização da agricultura foi sendo feita paulatinamente, devido à falta de recursos económicos da população.

É nesta altura que se começa a cultivar de forma mais intensiva o arroz, no litoral, e a batata, no norte do país, acentuando-se a plantação da vinha e a produção de fruta para exportação.

Na segunda metade do século XIX, a viticultura nacional, privilegiada pelo Tratado de Methuen de 1703, sofreu um profundo abalo com o aparecimento de pragas como o oídio, o míldio e a filoxera.

Em 1866 constituiu-se uma comissão encarregada de fazer a avaliação do estado das regiões vitivinícolas em Portugal e de apresentar soluções para as doenças instaladas. A comissão era composta pelo Visconde de Vila Maior, por João Inácio Ferreira Lapa e por António Augusto de Aguiar, sendo este último o responsável pelas “Conferências sobre Vinhos” realizadas em 1875, no Teatro D. Maria e no Teatro da Trindade, em Lisboa.

Face às pragas que se estabeleceram no país e em toda a Europa, tornou-se necessário encontrar as formas de tratamento necessárias para as combater. A calda bordalesa, o sulfato de cobre, o carbono-enxofre e o interregno das enxertias surgiram, então, como soluções para amenizar a proliferação de tais epidemias que se apoderaram não só da vinha, mas também de outras culturas frutícolas e hortícolas.

Neste período, a máquina de sulfatar surge como uma invenção de grande valia para a aplicação dos pesticidas descritos, poupando o contacto direto com produtos tóxicos.

A peça do mês de julho é uma Máquina de Sulfatar da marca BACCHUS, muito utilizada nas enxofradas e sulfatadas das videiras, de configuração cilíndrica, com correias de cabedal e com as dimensões de 60 cm de altura por 33,5 cm de diâmetro.

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